Apesar da crise financeira ameaçar o crescimento económico mundial,
Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu,
não tem motivos para descer a taxa de juro da Zona Euro. Em Fevereiro, a taxa de inflação no bloco económico europeu atingiu os 3,3 por cento, mais 1,3 por cento que o valor máximo estipulado pela política do
BCE. A notícia é má para quem tem crédito à habitação, porque trata-se de mais um argumento para o presidente do
BCE não mexer no preço do dinheiro. No entanto, no mercado monetário, a pressão inflacionista é notória. A Euribor a 6 meses, um dos principais indexantes nos contratos de crédito à habitação, que em Janeiro estava nos 4,29 por cento, está agora nos 4,65 por cento. Ou seja, se a prestação da casa já está a apertar, é melhor não esperar por Trichet e investigar outras formas de aliviar o peso do crédito à habitação no orçamento familiar. Eis 2 estratégias para conseguir.
1. Diferir capitalEsta modalidade de crédito consiste em diferir parte do capital em dívida para o final do prazo do empréstimo. Como até lá o cliente paga apenas juros sobre o capital diferido, a prestação é menor que a de um crédito sem diferimento. A parte má é o valor da última prestação.
2. Esticar o prazoQuanto maior for o prazo do empréstimo mais diluída é a prestação. Ou seja, quem tiver um crédito a 30 anos e puder aumentá-lo em 10 ou 15 anos, consegue diminuir a prestação. No entanto, também aqui há uma parte má: paga-se mais juros no cômputo geral do empréstimo.
Joaquim Madrinha