A Europa está de parabéns. Por todos os 27 estados-membros da União Europeia celebra-se hoje o dia da Europa, por ter sido a 9 de Maio de 1950 que Robert Schuman, o então ministro dos Negócios Estrangeiros francês, deu o primeiro passo no processo de integração e unificação europeia. De pedra e cal está também o euro: desde que entrou em circulação, a 1 de Janeiro de 2002, a moeda única já valorizou 74 por cento face à moeda norte-americana, sendo, actualmente, preciso despender 1,54 dólares por apenas uma unidade da moeda europeia. "Para minha surpresa, a transição de 11 moedas diferentes para o euro processou-se com notável suavidade", escreveu Alan Greenspan no prefácio do livro "A Era da Turbulência". Também Warren Buffett, o lendário oráculo de Omaha, tem olhado para a Europa com bastante interesse.
No início do mês, durante o encontro anual de accionistas da Berkshire Hathaway, o superinvestidor afirmou que está interessado em expandir a presença da sua empresa no Velho Continente: "Não estamos expostos à Europa como gostaríamos de estar." Para isso, Buffett planeia viajar nas próximas semanas até à Alemanha, França, Reino Unido e Itália para aumentar o reconhecimento da Berkshire Hathaway deste lado do Atlântico. "Estamos contentes por vir a investir em negócios que geram receitas em euros ou em companhias que fazem depender os seus lucros do mercado alemão e do mercado britânico, porque não sinto que essas moedas possam registar uma forte depreciação face ao dólar." Na calha poderá estar um dos 15 principais candidatos a serem alvo de uma oferta pública de aquisição, segundo as estimativas dos analistas do Exane BNP Paribas. Porém, Charlie Munger, vice-presidente da Berkshire Hathaway e parceiro de Buffett desde sempre, foi mais longe e revelou que os alvos poderão ser empresas familiares germânicas que actuem no sector da engenharia: "A Alemanha é um país particularmente avançado em engenharia e, por isso, é bastante lógico que possa ser um dos nossos locais preferidos." A filosofia de investimento de Buffett parece estar a centrar-se numa só regra: evitar ao máximo o investimento em dólares que tem sido fortemente penalizado pelas políticas e pelo modo de vida da população americana. E, como resposta a este negativismo do lado de lá do Oceano, aparecem as empresas europeias que brilham com grande intensidade nos investimentos futuros da Berkshire Hathaway. Luís Leitão
Isto não é um comentario mas antes uma pergunta. Supondo que um grupo de pessoas decidem criar um pais independente, como por exemplo um Kosovo, umas Berlengas off-shore, um xpto da Lua, ou mesmo num jogo como o "second life", quais são os critérios que se devem ter em conta para criar o sua própria moeda?