Se ainda usa o porco de barro ou aquele esconderijo entre a cama e o colchão para guardar as pequenas poupanças que vai conseguindo fazer, está a fazer um mau negócio. Nestes “instrumentos de poupança”, o dinheiro, além de nem ganhar bolor, sofre o efeito da inflação. Sim, tal como a roupa sofre com as traças. Qualquer dia vai ao armário à procura daquela camisola que andou a poupar para uma ocasião especial e encontra uma "t-shirt".
Nos tempos que correm, combater o efeito que a inflação tem na poupança é tão importante como tomar o pequeno-almoço. Caso contrário, os efeitos de longo prazo na saúde do seu dinheiro podem ser nefastos. Basta pensar que, ao ritmo que o dinheiro está a perder valor – 2,9 por cento, nos 12 meses que terminaram em Janeiro, segundo os dados do
Instituto Nacional de Estatística –, uma aplicação a 5 anos num porco de barro dá
um prejuízo de 15 por cento.
Para evitar este efeito erosivo do dinheiro, os aforradores devem ter as poupanças aplicadas num produto financeiro que pague um rendimento superior à da taxa de inflação. A solução pode passar pelos depósitos a prazo, mas terá de ter mais de 500 euros para começar. Se não tiver, eis alguns produtos de investimento de baixo risco ideais para substituir os produtos financeiros de prateleira.
Joaquim MadrinhaMealheiros de alto rendimentoNão o vão tornar rico, mas são bem melhores que o colchões no combate à inflação. Qualquer um destes produtos permite começar com pouco mais de 100 euros
Produto |
Rendibilidade 12 meses |
Onde contratar |
A saber |
Certificado de aforro* |
2,81% |
CTT |
Os prémios permitem derrotar a inflação em ano e meio |
SGAM FMM Euro F |
2,96% |
ActivoBank7, Banco Best |
Vagoroso como um relógio suíço, mas sempre a subir |
Sanpaolo Obiettivo Euro Breve Termine R |
3,20% |
Banco Best |
Uma segurança, mesmo em tempos de incerteza para as obrigações |
Fonte: Bloomberg, IGCP. Rendibilidades líquidas de impostos. (*) Taxa de juro anual líquida de acordo com a taxa de juro bruta estipulada para Fevereiro de 2008