Segunda-feira, 14 de Abril de 2008

Papel que dá pasta

Em 1922, Thomas Edison, o famoso pai da lâmpada eléctrica, projectava que os livros poderiam ser ultrapassados ou mesmo totalmente substituídos pela animação, que nascia naquela altura. Mais recentemente, com a internet e a proliferação dos computadores pessoais, traçou-se novamente um cenário negativo para a indústria do papel, mas as próprias sementes negativas permitiram colher frutos da impressão de grandes quantidades de papel. Entre 1995 e 2005, altura em que a aldeia global se afirmava, o consumo de papel no mundo subiu dos 48 quilogramas por pessoa para os 54 quilogramas.
Oito anos passados do século XXI, nem nos movemos todos em naves como alguns filmes projectaram nem o papel deixou de cumprir a sua função e criar outras novas. Pelos números de algumas empresas, pode afirmar-se que ainda há muito papel para ganhar.
Não é de estranhar que uma das grandes empresas na área do papel, a norte-americana International Paper, tenha visto os seus lucros crescerem 52 por cento em 2007 numa altura em que o consumo dos emergentes começa a fazer-se sentir. Nos primeiros 3 meses de 2008, o preço da pasta proveniente da madeira cresceu mais de 16 por cento relativamente ao preço nos primeiros 3 meses de 2007. Aqui ao lado, a Papeles y Cartones de Europa, ou Europac, apresentou os melhores resultados da sua história no ano passado com a subida dos lucros de 189 por cento face ao ano anterior. A empresa que faz do papel o seu bem mais precioso está cotada em Madrid e em Lisboa e conduz toda a cadeia de valor do fabrico de cartão para embalagens.
Em Portugal também há empresas que podem vir a juntar-se aos ganhos, segundo os analistas. A Portucel está entre as preferidas dos especialistas que seguem as empresas nacionais do sector do papel, porque, para eles, os preços actuais ainda permitem pôr muita pasta nos bolsos dos investidores. Nuno Alexandre Silva

Papel e cartão recomendado
Algumas empresas do sector papeleiro estão abaixo do seu preço-alvo, de acordo com os analistas
Empresa P/L Potencial
de valorização
Bolsa
Europac 9,04 50,15 Lisboa, Madrid
Internacional Paper 12,29 50,03% Nova Iorque
Portucel 11,61 18,53% Lisboa
Fonte: Bloomberg. P/L = preço ÷ lucros de 12 meses por acção. Potencial de valorização face à cotação de fecho de 11 de Abril de 2008

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