
Já dura há um ano a tempestade nos mercados internacionais e a pergunta que todos os investidores fazem por estes dias é: “Até quando é que irá durar o período negro das bolsas?”. Bom, por enquanto ninguém arrisca avançar com uma previsão, até porque a própria irracionalidade dos mercados a isso aconselha. Porém,
Bob Doll, vice-presidente e director da
BlackRock, não hesita em apontar o dedo para as três condições que seriam necessárias para alterar a percepção do risco dos investidores e para possibilitar a viragem das bolsas para a rota dos ganhos.
“Olhando para a frente, acreditamos que a primeira condição seria uma redução significativa nos preços do petróleo, a segunda seria um declínio palpável da inflação e a terceira passaria por um aliviar do mercado imobiliário”, considera Bob Doll.
Pegando no primeiro ponto, o director diz que “é claro que o petróleo tem sido o grande responsável pela fase dos mercados”, sublinhando ainda que tem vindo a defender há já algum tempo que aguarda uma correcção. “A queda dos preços na última semana poderá marcar o início dessa correcção, em especial, considerando que as pressões da procura por crude no mundo desenvolvido atenuaram-se de algum modo nos últimos meses”, refere.
No que toca à questão da inflação, o perito defende que “os receios estão de alguma forma ultrapassados e é observável que a inflação 'core' (que exclui a volatilidade dos alimentos e dos preços energéticos) manteve-se sob controlo”. Por isso, Bob Doll espera que “a taxa da inflação caia ao longo dos próximos meses, sobretudo se for possível um certo alívio nos preços energéticos”. Quanto ao mercado imobiliário, a situação é tão negra, que nem o especialista da BlackRock se atreve a mandar grandes pistas.
Destas previsões, conclui-se que os mercados vão voltar a subir, mais cedo ou mais tarde. E possivelmente será mais rápido do que se possa julgar. Por isso, se quiser ganhar dinheiro à grande e à portuguesa, aproveite os
saldos e faça as suas apostas.
Diogo Nunes