Quarta-feira, 2 de Abril de 2008

Hoje, a Primavera vestiu-se de gala e a subida das temperaturas já convida ao passeio. Se está a pensar em adquirir um cartão de crédito, porque não juntar o útil ao agradável? O cartão de crédito
Citi Travel Pass assegura-lhe, desde já,
2 viagens à Europa. Numa campanha válida somente nas subscrições
online até 30 de Abril e para novos clientes (os 350 000 portugueses que já têm cartão do Citi não podem aproveitar esta promoção),
o banco norte-americano oferece 2 viagens para 5 destinos à sua escolha: Amesterdão, Barcelona, Londres, Madrid ou Paris. Para tal, basta subscrever o referido produto e efectuar compras de valor igual ou superior a 100 euros com o cartão Citi Travel Pass até 2 meses após a sua aprovação.
A promoção não inclui taxas de aeroporto e demais complementos. A viagem é válida por um ano e quem já aproveitou gostou e recomenda.
A anuidade é grátis no primeiro ano e passa a 20 euros nos anos seguintes. Contudo, com a utilização do cartão num montante anual igual ou superior a 3000 euros poderá garantir a oferta das anuidades seguintes. A taxa de juro associada ao cartão é de 20,23 por cento. Muita atenção neste ponto: por defeito, o cartão vem com a opção do valor mínimo de pagamento igual a apenas 3 por cento do saldo em dívida mais juros cobrados, no mínimo de 9 euros. Assim, se pretender aproveitar o período de crédito grátis (sem juros) de até 50 dias,
tem de pedir para alterar a modalidade de pagamento para os 100 por cento logo na altura da rubricação do contrato.
Além da viagem com a sua cara-metade para algumas das mais consagradas cidades europeias, saiba ainda que acumula pontos pela utilização do cartão – por cada euro gasto em compras, receberá um ponto e a partir dos 13 000 pontos (tem 5 anos para acumular) pode viajar para qualquer destino europeu à sua escolha. Beneficia ainda de um seguro de assistência em viagem, bem como de um seguro de protecção de compras e de compras
online. Ganha também descontos em
parceiros do Citi e pode abastecer a sua viatura à vontade, já que este é dos poucos cartões cuja utilização não paga taxa de abastecimento de combustíveis. Faça clique e faça as malas!
Diogo Nunes
Segunda-feira, 10 de Março de 2008

Se olhasse para os ordenados do outro lado da fronteira fechava a porta da sua casa em Portugal, despedia-se do seu trabalho, entrava no carro e só parava em Madrid. A julgar pelo valor médio dos salários nos vários escalões laborais, a opção seria vantajosa, uma vez que
em quase todas as funções ganharia mais em Espanha do que em Portugal.
Os números da empresa de recrutamento Hays mostram que se estiver disposto a mudar de país pode ganhar até
quase 10 mil euros anuais nos cargos de gestão de topo e mais de 10 mil euros se tiver qualificações para um cargo de gestão intermédia. A excepção está na área da construção que contempla, por exemplo, um director técnico com mais de uma década de experiência com quase 80 mil euros anuais. O mesmo cargo em Espanha é remunerado em média com 70 mil euros pelos 12 meses de trabalho. Mas este é um dos poucos casos em que os portugueses ficam mais ricos que os espanhóis no final do ano. No ramo da saúde, um delegado de informação médica pode ganhar em Espanha mais 6500 euros do que em Portugal e um director médico ganha em Madrid mais 16 mil euros do que em Lisboa.
Claro que terá de contar com custos de alojamento mais caros do outro lado da fronteira. No último trimestre do ano passado, o valor médio da avaliação bancária da habitação apontava para 1480 euros por metro quadrado na área metropolitana de Lisboa, ao passo que, na capital espanhola, Madrid, o preço para as casas mais baratas ficava acima dos 1570 euros.
Mesmo assim, as diferenças entre salários anuais, que chegam no caso da área farmacêutica aos 26 mil euros na gestão de topo, podem ser um bom incentivo para fazer as malas e aproveitar os salários chorudos do outro lado da fronteira.
Nuno Alexandre SilvaFaça as malasNos cargos de topo só vale a pena ficar em Portugal se trabalhar na área da engenharia
| Gestão de topo
| Gestão intermédia
|
| Portugal
| Espanha | Portugal | Espanha |
Consultoria e finanças | 53 000€ | 66 111€ | 31 167€ | 41 556€ |
Banca | 61 667€ | 73 889€ | 29 833€ | 37 889€ |
Engenharia e construção | 77 133€ | 64 556€ | 37 083€ | 41 556€ |
Tecnologias de informação | 50 667€ | 63 889€ | 30 000€ | 40 333€ |
Farmacêutica | 67 200€ | 93 889€ | 35 833€ | 47 111€ |
Vendas e marketing | 62 417€ | 69 000€ | 23 325€ | 40 778€ |
Terça-feira, 19 de Fevereiro de 2008
Se ainda usa o porco de barro ou aquele esconderijo entre a cama e o colchão para guardar as pequenas poupanças que vai conseguindo fazer, está a fazer um mau negócio. Nestes “instrumentos de poupança”, o dinheiro, além de nem ganhar bolor, sofre o efeito da inflação. Sim, tal como a roupa sofre com as traças. Qualquer dia vai ao armário à procura daquela camisola que andou a poupar para uma ocasião especial e encontra uma "t-shirt".
Nos tempos que correm, combater o efeito que a inflação tem na poupança é tão importante como tomar o pequeno-almoço. Caso contrário, os efeitos de longo prazo na saúde do seu dinheiro podem ser nefastos. Basta pensar que, ao ritmo que o dinheiro está a perder valor – 2,9 por cento, nos 12 meses que terminaram em Janeiro, segundo os dados do
Instituto Nacional de Estatística –, uma aplicação a 5 anos num porco de barro dá
um prejuízo de 15 por cento.
Para evitar este efeito erosivo do dinheiro, os aforradores devem ter as poupanças aplicadas num produto financeiro que pague um rendimento superior à da taxa de inflação. A solução pode passar pelos depósitos a prazo, mas terá de ter mais de 500 euros para começar. Se não tiver, eis alguns produtos de investimento de baixo risco ideais para substituir os produtos financeiros de prateleira.
Joaquim MadrinhaMealheiros de alto rendimentoNão o vão tornar rico, mas são bem melhores que o colchões no combate à inflação. Qualquer um destes produtos permite começar com pouco mais de 100 euros
Produto |
Rendibilidade 12 meses |
Onde contratar |
A saber |
Certificado de aforro* |
2,81% |
CTT |
Os prémios permitem derrotar a inflação em ano e meio |
SGAM FMM Euro F |
2,96% |
ActivoBank7, Banco Best |
Vagoroso como um relógio suíço, mas sempre a subir |
Sanpaolo Obiettivo Euro Breve Termine R |
3,20% |
Banco Best |
Uma segurança, mesmo em tempos de incerteza para as obrigações |
Fonte: Bloomberg, IGCP. Rendibilidades líquidas de impostos. (*) Taxa de juro anual líquida de acordo com a taxa de juro bruta estipulada para Fevereiro de 2008
Quarta-feira, 30 de Janeiro de 2008
Saiu hoje a edição de Fevereiro da revista Carteira carregada de ideias para ganhar dinheiro. Eis alguns dos artigos mais interessantes.
- 32 Gestores Para o Seu Dinheiro O universo de fundos continua a expandir: na última contagem havia 1818 produtos disponíveis aos investidores. Para lhe poupar trabalho, seleccionámos os 32 melhores. Agora só tem de escolher em que parte do universo quer investir.
- Vencer a Idade Pela Carteira Em 2045, pela primeira vez, haverá mais idosos no planeta que jovens com menos de 15 anos. Para a Segurança Social esta notícia soa como um grande desafio mas para os cofres dos investidores, o envelhecimento da população revela-se numa oportunidade.
- Familiar ao Preço de Comercial Transformar um automóvel comercial num veículo de 5 lugares pode tornar-se num negócio poupadinho.
- Adeus Spread Zero Os bancos não só acabaram com os spreads nulos como estão a encarecer os empréstimos à habitação. Mas ainda há crédito barato.
- Escolhidas a Dedo Há ferramentas na internet que poupam muito tempo na busca das próximas acções.
- Siga o Presidente As compras de acções pelos administradores podem ser um bom indicador para as suas aquisições.
Terça-feira, 29 de Janeiro de 2008

Apesar da crise no sector financeiro, alguns bancos continuam a acenar a novos clientes com depósitos a prazo remunerados com
taxas capazes de fazer salivar os investidores. O problema são os prazos: são curtos. No entanto, faça-lhes a vontade, mas adopte uma
estratégia saltitona e ganhe 4,52 por cento num ano, já líquidos de impostos. Sem risco e sem truques.
Comece pelo
ActivoBank7. O banco "online" do Millennium bcp está a oferecer um depósito a 30 dias com uma taxa anual nominal bruta de 7 por cento a quem abrir uma conta com 1000 euros ou aos clientes que aumentarem o seu património no banco após o dia 25 de Janeiro. De uma forma simples, por cada 1000 euros aplicados terá mais 4,67 euros ao fim de 30 dias.
Em seguida salte para o
Banco Big. Aqui tem duas hipóteses: 8 por cento a 30 dias ou 6 por cento a 90 dias. Opte pela segunda opção, acumule mais 11,89 euros e siga para o
Santander Totta. Aqui peça o acesso ao Netbanco, o serviço "homebanking" do banco liderado por Nuno Amado, e, porque o dinheiro não nasce nas árvores (como diz o banco), encaixe mais 21,06 euros no depósito a 180 dias com o mesmo nome do serviço.

Por fim, dê o último salto até a uma agência do
Banco Popular e aplique os 1037,6 euros que acumulou nos 10 meses anteriores no Depósito 5,5 por cento durante 2 meses e
voilà:
acabou de ganhar 4,52 por cento líquidos. Qual certificados de aforro qual quê? Naturalmente, é preciso que os bancos mantenham as ofertas em vigor, mas, se não existirem, haverá outras oportunidades.
Joaquim Madrinha
Segunda-feira, 28 de Janeiro de 2008
O inesperado aconteceu: há fundos de tesouraria, tradicionalmente conhecidos por serem estáveis mas sempre positivos, que estão a perder dinheiro. No prazo mínimo recomendado pelos gestores, 3 meses, o
Millennium Curto Prazo e o Millennium Disponível desvalorizaram 0,71 por cento e 0,62 por cento, respectivamente.

O terceiro produto gerido pelo Millennium bcp em parceria com a londrina F&C Management, o Millennium Tesouraria, é o que apresenta o terceiro pior desempenho entre 22 fundos de tesouraria e do mercado monetário registados em Portugal. Além da rede do Millennium bcp, estes produtos são comercializados pelo ActivoBank7 e pelo Banco Best.
Porém, ainda há fundos de tesouraria que valem a pena. O Barclays Premier Tesouraria e o BPN Tesouraria ganharam 0,71 por cento nos últimos 3 meses. Porém, se ficou com dúvidas, pode preferir os depósitos a prazo. Nos balcões do Banco Português de Negócios consegue ganhar mais de 0,60 por cento em 3 meses, mas, se for pela internet, vá ao serviço do Netbanco do Santander Totta
ganhar mais de 1 por cento no mesmo período.
David Almas
Sexta-feira, 25 de Janeiro de 2008
Um deles será o próximo presidente dos Estados Unidos da América, que vive agora tempos de incerteza. Veja o que eles tinham quando entraram na corrida à Casa Branca. Os nomes dos candidatos ligam directamente às declarações oficiais de rendimentos (em pdf).
Democratas
Hillay ClintonAmazon.com e
Cisco Systems estão entre as principais escolhas da esposa do antigo presidente Bill Clinton.
Barack ObamaO senador do Illinois tem 2 fundos (Vanguard Wellington Fund e Vanguard Wellesly Income Fund) que dificilmente os investidores portugueses podem adquirir.
John EdwardsA
Apple Computer e a
BP (que, embora britânica, pode ser comprada na bolsa de
Nova Iorque) são as principais acções no seu portefólio.
Republicanos
John McCainO líder das sondagens entre os republicanos tem 2 fundos: o JPMorgan International Equity Index e o JPMorgan Large Cap Value. O JPMorgan Global Equity e o JPMorgan US Value podem ser considerados as versões europeias.
Mitt RomneyO antigo governador do Massachusetts tem acções da
General Electric e da russa
Gazprom, entre muitas outras.
Rudolph GiulianiO anterior
mayor de Nova Iorque concentra os investimentos nos fundos Fidelity Freedom 2010 e BlackRock Balanced Cap. O Fidelity Target 2010 Euro pode ser considerado uma versão acessível aos portugueses do primeiro produto.
Nuno Alexandre Silva
Quinta-feira, 24 de Janeiro de 2008
Djovarius diz, no
Caldeirão de Bolsa, que ler o
blogue da Carteira "foi o regresso ao ano 2000". Será que ele percebe a razão para a Carteira recomendar o investimento no mercado accionista quando os índices estão em queda livre? Surpreenda-se:
o ano 2000 não foi assim tão mau para quem investiu em acções – desde que tenha seguido uma estratégia racional.

Para que fique claro é preciso um exemplo prático: o
BPI Europa Valor. É um bom exemplo por 2 razões: é antigo e as cotações históricas são
públicas, logo qualquer pessoa pode fazer as contas seguintes. Apesar da bolha da Nova Economia, do 11 de Setembro e de todos os mini-
crashes, sabe quanto teria acumulado se tivesse investido cerca de 250 euros por trimestre desde Julho de 1992? Mais de 27 200 euros. Isto é, teria ganho
6,72 por cento por ano! Mesmo que tivesse começado no auge da bolha, no início de 2000, teria agora quase 9500 euros, o que representa um ganho anual de 3,43 por cento. Note que estes desempenhos já são líquidos de impostos e de todos os encargos a pagar à sociedade gestora.
Obviamente que os resultados dependem do fundo escolhido. Se tivesse optado pelo
BPI Europa Crescimento em 1992 teria alcançado uma rendibilidade anual de 4,26 por cento por ano, seguindo a mesma estratégia de investimento trimestral, o que, mesmo assim, não é mau de todo. Apesar disso,
o BPI Europa Crescimento é agora a escolha da Carteira para investimentos no mercado accionista europeu (como poderá ver na edição de Fevereiro, que irá para as bancas no dia 30).
É por isto que, se quiser apostar em acções, faça-o progressivamente e a pensar no longo prazo:
5 anos é simpático, 10 anos é bom, mas mais é melhor. E, se quiser ir pela via dos fundos, escolha um que tenha comissões baixas.
David Almas
Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2008
Se acredita que, embora se registem altos e baixos, as acções rendem muito no longo prazo e que o fisco é especialmente simpático nas mais-valias accionistas, não tem outro remédio que não seja investir na bolsa. Porém, se não se sente à vontade a negociar individualmente acções, pode optar por
comprar um milhar delas só de uma assentada. Consegue fazer isso comprando um fundo cotado (também conhecido por
exchange-traded fund, ETF ou
tracker). Resumidamente, um fundo cotado é igual a um fundo não cotado (como o surpreendente
Postal Acções): os gestores do produto compram títulos no mercado em nome de todos os participantes. A principal diferença está no custo (exigem menos comissões), porque normalmente seguem um índice de acções (isto é, dão pouco trabalho aos gestores). Do lado negativo, está o facto de ter de pagar comissões de bolsa ao intermediário financeiro na compra e na venda.

Se quiser comprar um milhar de acções mundiais, aponte para o
iShares World ou o
Lyxor MSCI World, ambos acessíveis na bolsa de Paris. Embora sejam produtos globais, os gestores concentram-se nos mercados desenvolvidos. É, por isso, normal que os principais investimentos sejam as acções da
Exxon Mobil,
General Electric,
Microsoft e
Procter & Gamble. Para
apimentar um pouco a sua carteira, adicione um investimento nos mercados emergentes através do
iShares MSCI Emerging Markets, listado na bolsa de Nova Iorque. Nesse já encontra os títulos da russa Gazprom e da sul-coreana Samsung Electronics entre os principais activos.
David Almas

Está à procura de um bom banco para fazer grandes investimentos? Esqueça-os: o que está a dar é investir através dos CTT, quer seja um investidor agressivo quer seja um aforrador conservador.
Em 2007, o melhor fundo de acções europeias foi o
Postal Acções, um ilustre desconhecido no mundo dos produtos colectivos: ganhou
12,61 por cento, mais que qualquer outro produto do género. (Na verdade, o Montepio Acções ganhou 13,76 por cento, mas não é comparável, porque os gestores aplicam metade do portefólio só em acções nacionais.) O Postal Acções, gerido pelos especialistas da Caixa Geral de Depósitos, é inclusivamente melhor que o Caixagest Acções Europa (que rendeu 6,05 por cento em 2007), vendido aos balcões do banco estatal. O desempenho do fundo dos Correios não é de agora: o produto ganhou
148 por cento entre 2002 e 2007, mais que qualquer outro produto de acções europeias (agora incluindo o Montepio Acções).
Se é conservador, não deixe de comprar
certificados de aforro: renderam mais de 2,5 por cento em 2007, quando os fundos nacionais de obrigações ficaram-se pelos 0,38 por cento, em média. E, graças aos prémios de permanência, se comprar agora um certificado pode esperar ganhar cerca de
3,90 por cento líquidos de impostos por cada um dos próximos 5 anos, se a taxa-base se mantiver perto do nível actual e se o governo não decidir mudar as regras de cálculo.
Phone-ix! Investir é nos Correios!
David Almas