Terça-feira, 15 de Julho de 2008

Nos últimos 4 anos, as taxas de juro dos depósitos a prazo mais do que duplicaram. Os novos depósitos a prazo efectuados em Abril passado receberam
uma taxa de juro média de 4,10 por cento, segundo o Banco de Portugal. Porém, isso não é suficiente para colmatar o aumento dos preços. Depois de subtrair os 20 por cento que são retidos pelos bancos por conta de IRS, a taxa de juro anual líquida média reduz-se para 3,28 por cento, o que fica abaixo da
taxa de inflação de 3,40 por cento,
anunciada pelo Instituto Nacional de Estatística. A escalada dos preços dos combustíveis e dos alimentos eliminou por completo o benefício do aumento das taxas de juro praticadas pelas instituições financeiras.
Com a inflação neste nível, só se deve aceitar os depósito a prazo que ofereçam taxas anuais brutas superiores a 4,25 por cento. A Carteira foi à caça e encontrou na internet 6 boas propostas. David Almas
Bons depósitos
Estes são as melhores taxas que pode encontrar numa aplicação a 6 meses
Banco | Taxa anual bruta (depósito a 6 meses) |
| 6,50% |
| 5,55% |
| 5,50% |
| 5,35% |
| 5,34% |
| 5,10% |
Quarta-feira, 19 de Março de 2008
Além de levarem a vida num ambiente mais puro e pacato, os agricultores melhor informados de todo o mundo andam por estes dias rejuvenescidos. Afinal, enquanto os executivos engravatados das stressantes e poluídas capitais coçam a cabeça com a crise financeira que abala as praças accionistas,
quem ganha o pão da terra pode facturar a dobrar com os seus cultivos.
Basta continuar a colher as plantações, vender no mercado do costume e, depois de pagar todas as despesas, aplicar o que sobra no final do mês num dos vários instrumentos financeiros que permitem apostar nos bens agrícolas. Sugestões não faltam na edição em banca da Carteira e
neste mesmo blogue. Com a contínua subida de preços sem dar sinais de abrandar o passo (muito pelo contrário), além de ganharem mais dinheiro com os mesmos produtos, os agricultores ainda podem esticar os lucros através do investimento nas mercadorias certas. No fundo, é como atirar uma semente para o chão e nascerem duas bananeiras.
Tractor a 10 por centoSe a sua ferramenta de trabalho é a enxada, siga esta táctica e durma descansado à sombra das mais-valias, já que as suas finanças pessoais estarão bem protegidas, pelo menos, durante os próximos 3 ou 4 anos. Há consenso entre os especialistas sobre este assunto, já que são boas as perspectivas para o andamento da classe de activos das mercadorias, como um todo, e para os bens agrícolas, em especial.
Dentro deles, foco é dirigido para os cereais, como o milho, o trigo ou a soja, mas também para o açúcar e para o cacau. Diz quem sabe que são as suas cotações as que mais vão subir, podendo dar retornos de 2 dígitos em 2008, bem acima dos metais preciosos, metais industriais, recursos energéticos e gado vivo, os restantes companheiros de turma das mercadorias.
Está visto que os criadores de gado, também eles peça integrante do mundo rural, ainda que andem bem montados a cavalo, não vão conseguir acompanhar a velocidade dos agricultores que conduzam o tractor na seara dos ganhos.
Diogo Nunes
Quarta-feira, 13 de Fevereiro de 2008

O preço do pão aumentou 15 por cento em Janeiro e nos próximos meses terá de aumentar outro tanto,
segundo o presidente da Associação do Comércio e da Indústria de Panificação. Dizem as estatísticas que o
preço do pão duplicou desde 1991. Que se passa com o pão nosso de cada dia? É a alta do trigo, que, estimam os especialistas, está para ficar. Em vez de ficar a ver os euros a saltarem da carteira sempre que vai à padaria, porque não cancela essa inflação? É fácil: basta comprar unidades do
ETFS Wheat na bolsa de Frankfurt. Os responsáveis por este fundo compram em seu nome e de outros investidores contratos de compra de alqueires de trigo. Logo quando o trigo valoriza, a sua carteira engorda. Apenas tem de se preocupar com as comissões de bolsa cobradas pelo seu intermediário financeiro. Assim, da próxima vez que o padeiro lhe disser que o preço do pão aumentou, não fará cara triste.
David Almas
Quarta-feira, 30 de Janeiro de 2008

No artigo
"Enxada Para Cultivar os Ganhos" sugerimos o
Parworld Agriculture e o
PowerShares DB Agriculture para quem quiser aproveitar a alta das mercadorias agrícolas. Porém, o
ActivoBank7 vem agora dar um passo em frente:
32 fundos cotados que investem em mercadorias. "Os
exchange-traded funds (ETF) sobre
commodities tendem normalmente a replicar a evolução de um índice sobre
commodities baseado em contratos de futuros, no entanto poderão também deter directamente os contratos de futuros (os mais líquidos, que são normalmente aqueles que têm a maturidade mais próxima) ou ainda deter a
commodity física (possível apenas para
commodities não perecíveis como os metais preciosos)", explica Rui Olo, gestor de produto do ActivoBank7. Por isso, na prática, ao comprar um destes fundos está a apostar na valorização da mercadoria (platina, petróleo, gasolina, algodão, etc.), menos a comissão de gestão da
ETF Securities, a sociedade gestora, e as comissões de bolsa do ActivoBank7. A comissão anual de gestão máxima destes fundos é de 0,49 por cento, liquidados ao longo do ano.
Embora o ActivoBank7 seja o único a oferecer neste momento o acesso
online a estes fundos cotados, todos os intermediários financeiros podem ajudá-lo a comprar estes produtos, nem que para isso tenha de usar o telefone para dar uma ordem.
David Almas
Directo à Seara
São os fundos cotados que investem em bens agrícolas. Estão todos cotados em Frankfurt e a comissão anual de gestão é de 0,49 por cento
Fundo | Em que investe |
ETFS Agriculture DJ-AIGCI | 25% soja, 19% milho, 16% trigo, 11% algodão, 10% açúcar, 10% café, 9% óleo de soja |
ETFS Coffee | 100% café |
ETFS Corn | 100% milho |
ETFS Cotton | 100% algodão |
ETFS Grains DJ-AIGCI | 41% soja, 32% milho, 27% trigo |
ETFS Softs DJ-AIGCI | 34% algodão, 33% açúcar, 33% café |
ETFS Soybean Oil | 100% óleo de soja |
ETFS Soybeans | 100% soja |
ETFS Sugar | 100% açúcar |
ETFS Wheat | 100% trigo |
Terça-feira, 29 de Janeiro de 2008

É o regresso às origens! Em plena era digital, quem diria que os bens agrícolas são a grande aposta dos especialistas no mercado das matérias-primas em 2008? Contactados pela Carteira, um conjunto de entendidos confirma a tendência. Teresa Gil Pinheiro, analista do BPI, revela: "Possivelmente,
as mercadorias que continuarão a registar maiores taxas de valorização serão os bens agrícolas, beneficiando da sua utilização para produção de biocombustíveis." Também João Cantiga Esteves, sócio-gerente da
Ephi – Ciência Financeira, aposta nesta área específica do mundo das mercadorias. E vai mais longe: "Em 2008,
o trigo aparece na linha da frente, dada a enorme procura deste cereal por parte da China, cada vez mais usado em alternativa a cereais mais tradicionais chineses e pelo enorme potencial na utilização do trigo na produção dos biocombustíveis."
A forma mais fácil de um investidor português aproveitar a boleia do último grito da moda,
sem ter de sujar as mãos na terra, é adquirir fundos de investimento ou fundos cotados especializados em produtos agrícolas. No primeiro lote, o foco dirige-se para o
Parworld Agriculture, gerido pelo BNP Paribas Investment Partners e disponível no Banco Best. Para a categoria de fundos cotados, fica também uma sugestão: o
PowerShares DB Agriculture, que rendeu mais de 12 por cento em 2007 aos investidores que têm as carteiras denominadas em euros, mesmo com o movimento desfavorável do dólar. A comissão anual também é atractiva, já que são uns meros 0,75 por cento. Haja “adubo”!
Diogo Nunes